"NEM TUDO QUE SE ENFRENTA PODE SER MODIFICADO, MAS NADA PODE SER MODIFICADO ATÉ QUE SEJA ENFRENTADO"

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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Ato em memória dos indígenas mortos em MS






Realizou-se, no dia 14 passado, um ato cívico-religioso em memória dos mais de 250 indígenas assassinados em nosso estado.
A iniciativa partiu da CONEPI – Comissão Nacional de Defesa dos Povos Indígenas, comissão permanente da OAB, da Comissão Regional de Justiça e Paz e de lideranças indígenas com o objetivo de mostrar que a violência feita aos indígenas é uma ação que deixa indignada toda a sociedade sul-mato-grossense.
Pe. Paulo Vital, pároco da Catedral de N.Sra. da Abadia e Paróquia Santo Antônio, acolheu os manifestantes, em nome da arquidiocese de Campo Grande.
O evento contou com a presença dos representantes das entidades organizadoras, de um grupo de irmãs Lauritas, da Pastoral Indígena, membros de diversos organismos civis e familiares de indígenas de diversas etnias.
O momento mais emocionante do evento foi o discurso do cacique Kaiowa-Guarani, Nito Nelson, que fez um relato sentido da dor dos indígenas e seus familiares pela morte cruel de seus companheiros, no dia 18 de novembro passado. Foi essa mais uma violência que se soma a muitas outras que vêm sendo feitas contra os indígenas em nosso estado, sem que seja feita investigação para encontrar e punir os culpados. O cacique ressaltou que os indígenas são cidadãos, eleitores, trabalhadores, estudantes, que são massacrados pelo simples fato de serem indígenas e por reivindicarem direitos constitucionais que não são respeitados.
A manifestação encerrou-se pouco depois das 11h, na esperança de que a reação da sociedade civil mobilizada provoque uma mudança na forma como os indígenas estão sendo tratados e que se acelere o processo de demarcação de suas terras, para evitar novos atos de violência.

Ato em memória dos indígenas mortos em MS









O mês de dezembro é dedicado aos direitos humanos a partir da DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS, proclamada no dia 10 de Dezembro de 1948.
Como parte das celebrações alusivas à data, a CONDEPI -MS(Comitê Nacional de Defesa dos Povos Indígenas) através de suas entidades sediadas em Campo Grande, dentre as quais a Comissão Regional de Justiça e Paz –CNBB Oeste 1, realizou um ato público religioso ecumênico no dia 14 com o objetivo de tornar pública a indignação das instituições representativas da sociedade civil, pela grave violação dos direitos humanos cometidos contra os povos indígenas de MS . O ato teve acolhida pelo Pe. Paulo Vital, Pároco da Igreja Santo Antonio, situada na esquina da Avenida Calógeras com a Rua XV de Novembro e Travessa Lídia Baís, sede da Catedral N. Sra. da Abadia. O local foi escolhido com o propósito de tornar públicas e evidentes as atrocidades que se tem cometido contra os indígenas e expressar a indignação e revolta da sociedade campograndense que não pactua com as injustiças. O ato iniciou-se com a leitura do evangelho escrito por S. Mateus, em que Jesus anuncia as BEM-AVENTURANÇAS, proclamada pela Dra. Margarida Cavalheiro- Secretária Executiva da Comissão Regional de Justiça e Paz e comentado pelo Pe. Paulo Vital. Para lembrar os mais de 250 indígenas que foram mortos em defesa de suas terras, foram plantadas 250 cruzes, no canteiro da Igreja, como uma homenagem àqueles que, mortos, se integraram às suas terras. Como pedido de paz entoou-se o canto da Oração de S. Francisco. A seguir as lideranças religiosas utilizaram da palavra. O Pastor Carmelito Canale, da igreja evangélica El Shaddai, índio terena da aldeia de Limão Verde, próxima à Aquidauana, comoveu a todos os presentes ao falar da dor e sofrimento dos povos indígenas, destacando a ausência da saúde pública, assistência médica a essa parte da população brasileira, que como os outros são eleitores, cidadãos brasileiros. Logo após o discurso do cacique Nito Nelson, denunciou o descaso das autoridades em relação à falta de empenho para esclarecer os homicídios e prender os culpados e assegurou as características pacíficas dos povos indígenas que até o presente momento vêm defendendo os seus direitos sem o uso da violência. A seguir, entregou à secretária executiva da CRJP, uma nota assinada pelo cacique, presidente do Comitê de Defesa dos Povos Indígenas, escrito por ocasião da morte do indígena Nísio, no último dia 18 de novembro. Fizeram uso da palavra também Dr. Lairson Palermo, representando a CRJP, que exigiu a rápida apuração e prisão dos envolvidos nas mortes para responderem pelo crime de genocídio praticado através de organização paramilitar. Falaram pela OAB-MS, Dra. Sámia Roges Jordy Barbieri e Dr. Wilson Capistrano; Dr. Neyla, defensora pública, pela CONDEPI, Tereza pelas CEBs, Dr. Afonso pelo Conselho Regional de Psicologia, Flávio, pelo CIMI, Eduardo, pelo Conselho Estadual Indigenista; Celso pelo Sindicato dos Vigilantes; Elcio pelo Conselho Municipal Indigenista; José Carlos, pela CUT, a representante do Conselho de Defesa das Mulheres, que falou pelas mulheres indígenas mães, viúvas, filhas, bem como a manifestação da representante do candomblé e afro e do Sr.Rui Spinola Barbosa que se apresentou como um cidadão indignado pela situação indígena.
As cruzes deverão ficar na praça o tempo suficiente para que não se perca memória dos compromissos feitos diante das lideranças indígenas, pedindo JUSTIÇA.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Reflexão sobre a saúde em MS






Realizou-se no último sábado, dia 10 de dezembro, um encontro para a reflexão a respeito da realidade da saúde em Mato Grosso do Sul.
O evento foi uma iniciativa da Comissão Regional de Justiça e Paz - CNBB Oeste 1, cuja secretária executiva, Dra. Margarida Cavalheiro, é membro do FORSEP.
Cerca de 30 pessoas interessadas no tema estiveram presentes no Auditório da Santa Casa, das 17 às 20h, contando com a participação do Arcebispo Metropolitano, D.Dimas Lara Barbosa, Dr. Juberty Antônio de Souza, presidente do Conselho Regional de Medicina, Dr. Wilson Teslenco, presidente da Associação Beneficente de Campo Grande, Dra. Ana Lúcia Lyrio de Oliveira, secretária adjunta de saúde do município, deputado estadual Pedro Kemp, vereadora Thais Helena e vereador Marcos Alex, entre outras personalidades.
Dr. Lairson Palermo, do FORSEP e CRJP abriu os trabalhos, iniciados com breve oração conduzida por Pe. Edinaldo Alves de Andrade.Dada a palavra a D.Dimas Lara Barbosa, o arcebispo informou sobre a oportunidade da realização do evento. A secretária adjunta da saúde municipal, Dra. Ana Lúcia Lyrio de Oliveira apresentou os dados oficial da saúde em nossa capital, mostrando como está estruturado o Sistema de Saúde e a dependência de verbas do governo federal.
O principal palestrante foi Dr. Rivaldo Venâncio, professor da UFMS e diretor da Fiocruz em Mato Grosso do Sul, que discorreu sobre a realidade do Brasil e do estado, destacando que o problema da saúde no Brasil e em MS é muito complexo e estrutural, que exigem soluções coletivas, que envolvem diversos ministérios e órgãos do governo nas esferas federal, estadual e municipal. Chamou a atenção para quatro grandes causas da crise na saúde em MS: - falta de estrutura preparada para atendimento imediato, fora de uma rede de cuidados e atenção; - ausência de uma rede de diagnósticos especializados;- carência de políticas intersetoriais;- "peso” de rede privada e conveniada.
Após a brilhante exposição do Dr. Rivaldo Venâncio, Dr. Rogério Batalha da Rocha mediou dos debates.Entre o público presente houve diversas manifestações e as perguntas formuladas foram respondidas pelo Dr. Rivaldo e Dra. Ana Lúcia.
Numa avaliação imediata dos coordenadores do evento constatou-se que foi muito produtivo e servirá de base para a redação de uma análise de conjuntura da saúde na capital e municípios vizinhos, o que permitirá uma adequada condução da Campanha da Fraternidade de 2012 - Fraternidade e Saúde Pública.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

FORSEP e CRJP participam da CONSOCIAL


Realizou-se em Campo Grande a 1a. Conferência Regional sobre Transparência e Controle Social - CONSOCIAL, nos dias 8 e 9 de dezembro, no auditório do bloco 5 da Uniderp Anhanguera, em Campo Grande.
O evento promovido pela Controladoria-Geral da União, teve, além de representantes de 12 prefeitos do MS, a participação de organismos da sociedade civil, entre os quais o FORSEP e a Comissão Regional de Justiça e Paz.
A Conferência foi aberta no dia 8 de dezembro,pelo Secretário Municipal de Finanças, Paulo Sérgio Nahas, sendo coordenadora do evento Darlene Cavalcanti.
Foi palestrante Dr. Jully Heyder da Cunha Souza, presidente da Comissão de Controle Social e Combate à corrupção da OAB-MS, que discorreu sobre os principais conceitos e princípios de uma República Democrática de Direito, como é o Brasil.
A coordenadora deu seguimento aos trabalhos, dando a palavra aos facilitadores dos quatro eixos temáticos da conferência; Prof. Angelo Motti, da UFMS, tratou do eixo I - Promoção da transparência pública e acesso à informação e dados públicos; Dra.Rosemary Zucarelli Inocêncio, coordenadora estadual de mobilização da 1a. Consocial, tratou do eixo II - Mecanismos de controle social, engajamento e capacitação da sociedade para o controle da gestão pública; Dr. Lairson Palermo, membro do FORSEP e da Comissão de Justiça e Paz da CNBB Oeste 1, tratou do eixo III -A atuação dos conselhos de políticas públicas como instâncias de controle; e Dr. André Monteiro da Rocha, da Controladoria-Geral da União, abordou o IV eixo - Diretrizes para a prevenção e combate à corrupção. Todos os oradores foram vivamente aplaudidos e seus pronunciamentos serviram de orientação para os trabalhos do dia seguinte.