"NEM TUDO QUE SE ENFRENTA PODE SER MODIFICADO, MAS NADA PODE SER MODIFICADO ATÉ QUE SEJA ENFRENTADO"

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domingo, 8 de julho de 2012

Os fundamentos da Justiça Restaurativa em Campo Grande

Chegando ontem a São Paulo, as assessoras do CDHEP enviaram à CRJP MS o artigo que será publicado no site da instituição (www.cdhep.org.br). Eis a íntegra do texto: Aconteceu entre os dia 02 e 06 de julho de 2012, em Campo Grande, MS – Brasil, a primeira etapa de formação em Fundamentos de Justiça Restaurativa - Escola de Perdão e Reconciliação, segundo a metodologia da Fundação para a Reconciliação. O convite ao Centro de Direitos Humanos e Educação Popular de Campo Limpo – São Paulo, CDHEP, feito pela Comissão de Justiça e Paz do Regional Oeste 1 da Conferência Nacional dos Bispos (CNBB) foi atendido pelas educadores e Misionárias Servas do Espírito Santo Martina González e Petronella Boonen. O objetivo desta Comissão de Justiça e Paz é fazer chegar à sociedade uma nova visão e compromisso com a justiça restaurativa, como alternativa à justiça retributiva e punitiva. Além da representação de algumas pastorais da igreja católica, participaram de curso pessoas do Tribunal de Justiça e da delegacia da mulher. Os vários grupos presentes nesta primeira etapa de formação vão promover novos cursos para se apropiar desta metodología e envolver outros órgãos da sociedade. Em breve, acontecerá a segunda etapa que consiste em treinamento de Práticas de Justiça Restaurativa que permitam sua aplicação nos equipamentos da sociedade, em busca da construção da justiça. Segue o depoimento de uma das participantes: “A aplicação do aprendido no dia a dia da minha vida é amplo tanto na esfera pessoal como na profissional. Adquirí uma nova visão sobre o que significam o perdão e a compaixão. A mexida no meu emocional foi imensa. Somente com o passar do tempo, com a interiorização desta nova visão é que poderei redimensionar a aplicação do aprendizado. Esta formação deixou em mim uma sensação de fome de que quero mais”.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Curso da ESPERE

Encerrou-se na tarde de hoje, 6 de julho, na sede da CNBB Oeste 1, o curso promovido pela Comissão Regional de Justiça e Paz MS, para capacitação de mediadores de conflitos segundo o método da ESPERE - Escola de Perdão e Reconciliação. Esse método inovador ensina a ver com novos olhos as causas das agressões e conflitos que geram injustiça, mostrando que o primeiro passo para a justiça é o perdão. O curso desenvolveu-se em 40 horas, assessorado pelas Dras. Martina Gonzalez e Petronella Bonnen, do centro de Direitos Humanos e Educação Popular de Campo Limpo/SP, exigiu bastante dos 18 participantes, todos empenhados em construir uma cultura de paz e uma nova forma de justiça - a justiça restaurativa. Ao final de cinco dias de intenso trabalho, as assessoras e alunos partilharam sua satisfação com o sucesso do curso e a Secretária Executiva da CNBB O1, Maria Aparecida Freixo dos Santos, entregou os certificados que habilitam os alunos a participar da próxima etapa do curso, com data prevista para o próximo mês de setembro.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Curso de capacitação da ESPERE

Iniciou-se ontem a 1a. etapa do curso de capacitação promovido pela Comissão Regional de Justiça e Paz. Com a assessoria das especialistas do CDHEP, Petronella Boonen e Martina Gonzalez, os 18 inscritos de Mato Grosso do Sul estão acompanhando as atividades de estudo e exercícios que fazem parte do processo de capacitação de mediadores na solução de conflitos.O curso desenvolve-se na sede da CNBB Oeste 1, em Campo Grande, com a carga horária de 8 horas por dia, com a participação de dois inscritos de Dourados, dois de Corumbá, da Pastoral Carcerária; uma participante de São Gabriel do oeste, membro da Obra Kolping; de Campo Grande são quatro participantes do Tribunal de Justiça; uma psicóloga da Delegacia da Mulher; um integrante da Pastoral da Juventude, quatro agentes da Pastoral Carcerária, uma acadêmica de Direito, a Coordenadora Diocesana de Catequese e a Secretária Executiva da CRJP, responsável pela realização do evento.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Nova iniciativa conjunta FORSEP - CRJP

O FORSEP E A COMISSÃO REGIONAL DE JUSTIÇE E PAZ promovem a vinda de assessoras do Centro de Direitos Humanos e Educação Popular de Campo Limpo - CDHEP para iniciar o curso de capacitação para os interessados em atuar nos círculos restaurativos. Inscreva-se. As vagas são limitadas.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Cúpula dos Povos

O FORSEP une-se aos esforços do CONIC - Conselho Nacional de Igrejas Cristãs, divulgando a iniciativa de promover a conscientização de todos os cidadãos a respeito da necessidade de preservar o meio ambiente, dom de Deus e bem da humanidade. Por isso transcrevemos o manifesto de D.Manoel João Francisco, Bispo de Chapecó.
No deserto habitará o direito, e a justiça habitará no jardim. O fruto da justiça será a paz. (Is 32.16-17a)
Cúpula dos Povos – um chamado às Igrejas Este ano de 2012 comemoram-se vinte anos da realização da Eco 92, Conferência das Nações Unidas sobre o meio ambiente e desenvolvimento sustentável, ocorrido na cidade do Rio de Janeiro. Entre as decisões tomadas a partir da ECO 92, destacam-se as Convenções sobre Mudanças Climáticas, Biodiversidade, Desertificação, a Agenda 21, a Carta da Terra, a Declaração sobre Florestas, Declaração de Durban. Para marcar este aniversário, a Organização das Nações Unidas - ONU realizará, entre 13 a 22 de junho, na cidade do Rio de Janeiro, a Rio+20. O objetivo dessa nova Conferência é avaliar os avanços e lacunas presentes na implementação das decisões tomadas há vinte nos sobre o meio ambiente e desenvolvimento sustentável, buscando renovar os compromissos políticos com o desenvolvimento sustentável. A Rio+20 debaterá dois temas centrais: “a economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza e a estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável”. Simultaneamente às atividades oficiais da Rio+20 acontecerá uma mobilização da esperança dos povos, de 15 a 22/06/2012 no Aterro do Flamengo, conhecida como a “Cúpula dos Povos". Este evento é uma iniciativa contestadora por não acreditar na proposta da Rio+20 de uma “Agenda Verde”. A Cúpula dos Povos é proposta e organizada pelo Comitë facilitador da Sociedade Civil, com a participação de movimentos sociais, ONGs, Igrejas e Religiões. O objetivo é ampliar e aprofundar os debates dos temas propostos pela Rio+20, com uma metodologia mais democrática e participativa, fortalecendo a política dos povos organizados. Com o chamado de “Venha reinventar o mundo”, a Cúpula dos Povos chama a atenção para os limites dos resultados da Eco 92. As decisões, que deveriam ter revertido a situação de miséria, injustiça social e a degradação ambiental frustrou as esperanças surgidas há 20 anos. A Cúpula dos Povos propõe como eixo de debate as causas estruturais da atual crise civilizatória, esperando afirmar paradigmas novos e alternativos construídos pelos que mais sofrem com a crise ambiental e apontar a agenda política para o próximo período. Ela tem como pano-de-fundo um contexto de representativa concentração de riquezas: vinte por cento da população mundial é dona de três quartos da riqueza mundial, enquanto oitenta por cento vive com menos de 10 dólares por dia. O modelo de vida atual é caracterizado pelo consumo. E para satisfazer as necessidades de consumo mundial, igualando aos padrões dos Estados Unidos, por exemplo, seriam necessários a capacidade de quatro Terras e meia. Povos inteiros podem ser condenados à indigência em função do esgotamento da capacidade produtiva do planeta. A pobreza gera imigração ilegal, que por sua vez, gera restrições de livre circulação, o que indica um aumento assombroso da segregação das populações pobres e dos conflitos armados no mundo. Como Igrejas, precisamos alertar para este momento histórico e decisivo para a humanidade. Propomos às nossas comunidades cristãs que estabeleçam sintonia, pela reflexão, oração e gestos concretos, com alguns momentos importantes dessa agenda: 1 - o primeiro chamado é para participar da mobilização global prevista para 5 de junho (dia do meio ambiente); 2 - o segundo é para sintonia espiritual no dia 17 de junho, quando ocorrerá a Vigília de abertura do evento da Cúpula dos Povos; 3 - o terceiro é para o dia 20 de junho, quando haverá nova mobilização internacional contra a mercantilização da natureza e a destruição ambiental. Sugerimos que as nossas comunidades sejam motivadas a realizarem alguma atividade nesses dias, refletindo localmente sobre as questões sociais e ambientais, com gestos simbólicos que expressem o nosso compromisso para com o cuidado da criação e o desenvolvimento sustentável. Vivemos riscos iminentes de barbárie contra a vida, o meio ambiente, as relações humanas. Convidamos nossas Igrejas a se unirem às vozes do mundo, que clamam por justiça, pelo direito à vida e pelo cuidado com a criação. Vida em abundância é a esperança evangélica que nos mobiliza. Dom Manoel João Francisco Presidente